As mostras de longa duração no Museu da Música estão divididas em cinco pequenas salas, abrangendo temas que permitem, ao visitante, entender melhor o acervo que a instituição preserva e, ao mesmo tempo, as características da música desenvolvida em Itu ao longo dos 400 anos da história local.
A música popular, ou de raiz, realizada por cantadores de viola e batuque, representa forte tradição na música ituana, por isso esta é a primeira das salas da exposição. Os objetos, textos e gravação levam a refletir o papel dos músicos sem formação acadêmica. Revelam a linguagem e o talento musical através das composições, geralmente de produção coletiva. Tratam do cotidiano do trabalho, de liberdade e da vida na roça. Concentram-se em duas abordagens características de Itu: os cururus e as modas e o samba de terreiro. É possível ouvir uma moda de viola do antigo bairro do Apotribu.
Em contraponto com a sala da música popular, este espaço discute as formas musicais realizadas por instrumentistas com formação, desde aqueles que tocam instrumentos de banda e orquestra, com domínio técnico sobre eles, até os compositores, com conhecimento profundo sobre o universo musical. Traz também a história das bandas de música locais, os grupos de seresta e o papel da música de concerto na vida de Itu no século XIX. É possível ouvir diversas peças de seresta de Tristão Júnior, João Narciso e Inês Ribeiro Lepsch.
Até meados do século XX a música realizada ao vivo foi um fator importante de agregação social e familiar. O entretenimento, em casa, antes da vinda do rádio e dos aparelhos de reprodução sonora, só era possível através da presença de instrumentos musicais e seus intérpretes em casa. A mostra discute a trajetória da música no espaço doméstico urbano desde o tempo em que imperava o piano nas salas de casa até a vinda do gramofone e dos discos. Traz também uma histórica gravação de Quadrilhas compostas por José Mariano, no século XIX, lembrando os velhos saraus ituanos.
A mais antiga manifestação musical em Itu foi à Igreja Católica, que remonta quase 400 anos. Entre os séculos XVIII e XIX uma importante escola de compositores permitiu o enriquecimento da cultura religiosa, que compôs músicas para missas, novenas, procissões e rezas. A sala apresenta, além de três raros instrumentos para música sacra, partituras utilizadas na Igreja Matriz, além de referências sobre o órgão Cavaillé coll (1883), instalado no coro, e uma cronologia da atuação dos grupos musicais. Através do QR Code é possível assistir ao vídeo com um trecho do Te Deum comemorativo dos 50 anos do Coral Vozes de Itu (2015).
A mostra procura diferenciar os papéis, muito significativos, do compositor e mestre de música – Luiz Gonzaga da Costa Júnior,
sua biblioteca e acervo e a mesa de trabalho do instrumentista italiano e copista musical Luigi Di Francesco. Vizinhos por mais de vinte anos,
atuaram juntos em orquestras, um como regente o outro como violoncelista. A mesa de trabalho do copista traz a sua tralha de materiais e rascunhos de trabalhos.
O QR Code direciona para uma apresentação da valsa Lalisa, de Costa Júnior com fotos e informações sobre a família de músicos.
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